Informação importante: as vendas das coisicas aqui expostas ainda disponíveis na Lojinha estão suspensas temporariamente.

30 de outubro de 2017

Coisicas Artesanais - Quadrinho N.Sra. Aparecida


Hoje venho mostrar uma coisica minha nos padrões de uns quadrinhos que andei criando muitos anos atrás, com plaquinhas penduradas por correntinhas, trazendo mensagens em que acredito...

A velha inspiração tornou a me visitar e pretendo fazer e publicar aqui outros nesse estilo. Mas não posso prometer nada... Sou muito de veneta (e um tanto taurina!, rs)...

Voltando à pecinha, desconsiderando o viés religioso que a frase possa parecer tomar (principalmente por estar aplicada aqui num quadrinho com uma Nossa Senhora), acredito mesmo que, independente das instituições e mecanismos ritualísticos que criamos (nós, a humanidade), a fé nos mantém a todos, porque o que nos impulsiona para a Vida é a capacidade de acreditar!

Minha fé me mantém
e eu mantenho minha fé!

Coisicas Artesanais - Simone dos Santos

Descrição: Flores e Nossa Senhora de madeira aplicadas sobre toquinho de madeira com plaquinha fina pendurada por correntinha com aplicação de laço de palha da costa. 

Medidas: a plaquinha com a santinha mede aproximadamente 13 cm x 9 cm, com 4 cm de espessura (considerando-se também as flores aplicadas). Ao todo, considerando a plaquinha pendurada, a peça fica com aproximadamente 17 cm de altura. 

Valor: R$ 60,00 (mais frete).

Quer saber informações sobre modo de pagamento e frete? Entre em contato pelo e.mail: coisicas.artesanais@gmail.com
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29 de outubro de 2017

Coisicas Artesanais - Mais um... Divininho!


Essa minha mania de publicar tantos Divininhos por aqui tem certo inconveniente... Quando estou no editor do Blogger, por exemplo, super curiosa e tentando verificar as estatísticas, nunca sei quais dos meus posts com divininhos têm sido visitados, porque a referência lá no editor, para todos eles (já que todos trazem a palavra "divino" ou "divininho" no título) é sempre algo do tipo "qualquer.coisa.indecifrável-divininho-qualquer.outra.coisa.indecifrável". E eu fico sem saber...  ;P

 Fazer o quê?

Aqui vai mais um para o meu roll de posts 'divinísticos' inidentificáveis na estatística do editor...

Coisicas Artesanais - Simone dos Santos
Mais um, de novo, outra vez (não me canso)... Divininho! ;)

Descrição: Pombinho de madeira aplicado sobre "toco" de madeira. Este pombinho já comprei lindamente patinado e encerado, apenas pintei os olhinhos e o bico. O toquinho de madeira recebeu tratamento para ter efeito de pátina azul e sobre ele pintei pequenas flores em tons de creme e rosa. Medidas: 11,5 cm x 9 cm com aproximadamente 4,5 cm de profundidade (considerando espessura da placa mais a projeção da cabeça do pombinho). Valor: R$ 40,00 (mais frete).

Quer ter mais informações sobre modo de pagamento e frete? Entre em contato pelo e.mail: coisicas.artesanais@gmail.com
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7 de outubro de 2017

História ilustrada - Devoção Congadeira e a história de Nossa Senhora do Rosário entre as Irmandades do Rosário no Brasil


Artista convidado: Alexandre Rosalino



Hoje, 7 de outubro, é dia de Nossa Senhora do Rosário. Considerada a Padroeira dos negros, Ela é festejada por Nações de maracatu e Irmandades congadeiras espalhadas por diversos cantos do Brasil... Por isso, hoje eu peço licença para (re)contar aqui uma história que ouvi muitas vezes, de variadas fontes, em diferentes contextos e com nuances diversas, contada por homens e mulheres d'Ela devotos.

Evitando fugir muito ao tema principal desse blog (que é artesanato), eu convidei, para ilustrar essa história, um artista que traz consigo forte vivência entre aqueles devotos de Nossa Senhora do Rosário (ele próprio, aliás, um devoto), fato que marca a temática de parte de seus quadros, inspirados nas festas, na musicalidade e na fé de homens e mulheres herdeiros e mantenedores dessa tradição que ele conhece tão bem. Ao ser convidado a participar deste post, Alexandre Rosalino, muito gentil e generosamente, agarrou a "missão" de criar um quadro especialmente para esta ocasião! ♥ ♥ ♥ Eita, que assim eu fico besta! Quanta honra♥ /\ ♥ 

Pois bem... vamos à história - que não é minha, mas daqueles homens e mulheres que a celebram todos os anos... Ela não tem local preciso nem data exata - como bem devem ser, aliás, as histórias que servem ao  arcabouço do Coletivo, onde podemos caber todos nós...

Dizem que o fato se passou muitos e muitos anos atrás... 


Num certo dia, daqueles tempos ainda de escravidão, num lugar onde hoje não seria possível precisar, o que se sabe de certo mesmo é que Nossa Senhora do Rosário apareceu no mar! E que, rapidamente, o dono daquelas terras mandou seus homens de confiança resgatarem a Santa. Aos negros, seus escravos, ordenou a feitura de uma capela para abrigá-la. Capela erguida, a Santa resgatada foi então posta no altar e daí foi um tal de oração prum lado, ladainha pro outro, bênção de padre amigo da nobre família e tudo o mais de pompa que a ocasião merecia!

(Naqueles tempos, a gente sabe, os negros não podiam entrar nas igrejas - mesmo tendo sido erguidas por eles - e, portanto, ficaram de fora de toda a celebração...)

Ocorre que, misteriosamente, mesmo com capela erguida, rezas e bênçãos oferecidas, no dia seguinte a Santa tornou a aparecer no mar. E lá se foram outra vez os homens de confiança do sinhô buscá-la para colocá-la de volta em seu lugar, na capela. Mas o fato misterioso tornava a suceder nos dias seguintes... Quantas vezes fosse retirada do mar e colocada no altar da capela, tantas vezes a Santa tornava a aparecer no mar...

Após inúmeras tentativas frustradas, foi a vez de os negros, eles próprios, tentarem resgatar a Santa de uma vez por todas. Mas eles não entraram no mar para pegá-la. Não. Eles ficaram foi na beira da praia, de onde era possível avistá-la entre as vagas. Ali mesmo se dividiram em 2 ou 3 grupos com seus tambores feitos de pau ocado e folhas de bananeira (ou de couro de bicho...) e, ali mesmo, se puseram a cantar, a dançar e a tocar em reverência à Nossa Senhora do Rosário, que estava no mar (de onde, aliás, também aqueles homens e mulheres - ou seus antepassados - vieram chegar em terras de cá).

Um grupo, formado pelos mais jovens, "puxava" cantigas de grande vigor e tinha movimentação ligeira. Outro grupo, formado pelos mais velhos, vinha atrás, mais devagar, e entoava cânticos mais solenes, de notas longas e ritmo mais lento... Cada grupo cantava ao seu modo, com ritmos diferentes e todos ao mesmo tempo!

Ao passo que cantavam e tocavam, a Santa vinha se aproximando da praia, mais e mais, como que trazida pelas ondas ou... como que embalada magicamente pela cadência daquelas músicas e pela força daqueles homens e mulheres que cantavam para Ela!

Quando estava já bem perto da praia, Nossa Senhora pôde ver nos olhos daqueles homens e mulheres (mais que as feridas e as marcas que traziam em seus corpos) a dor que carregavam na alma, fruto da escravidão. E dizem que foi então que Ela se sentou sobre um dos tambores que os negros tocavam (aquele, sim, o SEU LUGAR - entre aqueles que cantavam em Sua devoção!) e que ali, diante deles e entre eles, foi que, compadecida de tanto sofrimento, Ela chorou...

Dizem que no lugar onde Ela chorou, bem onde o seu pranto tocou o chão, nasceu um pé de Lágrima de Nossa Senhora, de onde os herdeiros dessa tradição extraem as contas que usam, até os dias de hoje, para fazer o seu Rosário, que lhes fora dado por Ela.

O tambor onde Ela se sentou, chamado candombe (aliás, um naipe inteiro de tambores), é hoje guardado como relíquia em diversas Irmandades, não saindo nas ruas em cortejo, por se tratar de tambor sagrado. Em seu lugar saem às ruas as caixas, os patangomes, as gungas..., mas o candombe é usado até os dias de hoje para firmar bandeiras, quando se erguem os mastros nas festas que ocorrem em diversas comunidades congadeiras do nosso país.

Os cortejos saem ainda em dois grupos, hoje comumente chamados de ternos ou guardas. Como na antiga história, as duas guardas saem juntas. A mais jovem e de cantigas mais alegres e ligeiras, ficou conhecida como guarda (ou terno) de congo. Já a de toadas mais lentas e solenes, e formada pelos mais velhos, guarda (ou terno) de moçambique. Em algumas regiões, sabidamente no norte de Minas Gerais, esses grupos estão representados como Catopês e a eles se juntam outros grupos ainda... Marujadas, Caboclinhos e Caixas de Assobio cantam, tocam, dançam e saem em cortejo para louvar Nossa Senhora do Rosário!

Em seus ritos de devoção, esses grupos passaram a contemplar também São BeneditoSanta Efigênia (dentre tantos outros santos católicos) e relembram em suas cantigas as dores dos seus antepassados (que viveram os horrores da escravidão) e temas como a libertação dos escravos, por vezes cantando ainda para Oxalá, para Iemanjá, para Xangô etc, mesclando e amalgamando culturas de matrizes diversas num calendário festivo que (dependendo da Irmandade) tem início entre agosto e outubro e se estende até maio do ano seguinte.

Nas diversas regiões onde é festejado o Reinado de Nossa Senhora (também popularmente conhecido como "congado" ou "congada"), cada Irmandade, cada capitão e capitã, cada bandeireira e caixeiro, cada criança, devoto e irmão, todos contam aquela mesma história de Nossa Senhora resgatada do mar - obviamente dando nomes e características próprios da sua região, da sua cultura, do seu histórico social e focando neste ou naquele detalhe, de acordo com as histórias que ouviram de seus antepassados e que vêm sendo recontadas e retransmitidas de geração a geração...

No fundo, guardadas as particularidades inerentes a cada Irmandade (que revelam variáveis sociais, regionais etc...) a história é sempre a mesma e une a todos enquanto Filhos do Rosário e descendentes de uma mesma tradição.

Viva Nossa Senhora do Rosário!

Viva todo o Povo do Rosário! 

Vivam as Irmandades Congadeiras de todo o Brasil!

E vivam as histórias, os costumes e a fé, quando são capazes de nos unir de novo como IRMÃOS que verdadeiramente somos!

Coisicas Artesanais - Alexandre Rosalino
Sem título - óleo sobre tela - Alexandre Rosalino

"Lá no alto mar, êêê... tem uma luz que brilha
Lá no alto mar, êêê... tem uma luz que brilha
É o reflexo sagrado 
que alumeia o Rosário 
de Maria
É o reflexo sagrado 
que alumeia o Rosário 
de Maria"
(canto tradicional das guardas de moçambique em Minas Gerais)

* * *

Quero agradecer enormemente e do fundo do meu coração ao artista plástico Alexandre Rosalino, que se prontificou a pintar tão belo quadro (e carregado de memórias, de cores, fantasia, sentimento...) especialmente para este post! Quando o contactei, há alguns meses, com uma proposta maluca (sim, porque eu fiz a "encomenda" avisando que não iria comprá-la (!), que era tão somente para publicar aqui no Coisicas), ele, generosíssimo, em vez de me achar uma louca-varrida ou me mandar catar coquinho na ladeira, se envolveu, se entregou e decidiu participar!

Rosalino, querido, eu nem encontro palavras para demonstrar o tamanho da minha gratidão... Me sinto muito feliz e honradíssima com tua participação tão especial! Muito agradecida pela confiança e pela generosidade. Gradicidimáis da conta-! ♥ ♥ ♥

Quero agradecer também, e acima de tudo, à cada irmão e irmã da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis, pela acolhida generosa e carinhosa de sempre e entre os quais eu pude ver e sentir essa história pelo lado de dentro e vivenciar um pouco dos seus desdobramentos e seus mistérios, o que mudou a pessoa que eu sou e pelo quê me sinto profunda e eternamente agradecida! /\

Aos leitores, aviso que pretendo apresentar Alexandre Rosalino "formalmente" aqui no Coisicas... Contar como o encontrei, falar um pouco da sua obra, do seu envolvimento com o congado mineiro, enfim... trazê-lo pruma boa prosa/entrevista para vocês poderem conhecer um cadiquinho mais esse artista tão especial!

Por ora, deixo vocês curiosos e na expectativa, apenas com o gostinho bom dessa "provinha" belíssima e generosa com que ele nos presenteou...

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4 de outubro de 2017

Coisicas Artesanais - Mini badulaque inspirado em sonho bom


Recentemente eu tive um sonho bom, daqueles que deixam gostinho de coisa realmente vivida e flashes de imagens que parecem muito reais ao longo do dia... Eu estava numa casa antiga, muito bonita, de uma beleza muito simples... As paredes caiadas em tons pastel, uma rosa, uma outra azul... Era uma casa grande e arejada, com poucos móveis, e toda ladeada por varanda que dava prum quintal de árvores de pequeno porte. 

De dentro daquela casa (que não era minha e nem de ninguém que eu conhecesse), eu ouvia que me chamavam do lado de fora e então eu fui lá ver o que era. Um embrulho do tamanho dum livro acabava de chegar para mim, trazido por um homem que supus ser o carteiro da região... 

Sonhos são mesmo assim. Embora eu não conhecesse aquela casa e nem soubesse por qual razão eu me encontrava ali, não estranhei nem um pouco o fato de chegar uma encomenda para mim naquele endereço que não era meu. Abri o pacote que acabara de receber e me deparei com um lindo colar que, pela naturalidade da minha reação, mais parecia ter sido encomendado por mim mesma. O colar tinha um enorme pingente de madeira, em formato de coração, com um pombinho aplicado sobre ele, e seu cordão era grossinho, com muitas, muitas continhas em tons de branco, bege e dourado. 

Ao experimentá-lo em mim, percebi que o cordão era muito curto e não chegava a circundar nem metade do meu pescoço e que o pingente de coração era demasiado grande para o meu colo (devia ter uns 15 cm). Fiquei triste com a constatação: um colar tão lindo não me serviria, não cabia em mim, eu não poderia usá-lo... Mas a decepção durou uma fração de segundo e, na fração seguinte, eu tive o impulso quase involuntário de pendurá-lo na parede.

Pendurei o colar na parede azul clara, pelo ganchinho do pingente, e deixei que as duas pontas do cordão caíssem por sobre o coração com suas muitas contas de cores claras.

Ao vê-lo assim, na parede, com o coração e o pombinho meio encobertos por tantas contas, entendi (ali no sonho) que não se tratava, de fato, de um cordão, mas de um "pingente-proteção", uma espécie de amuleto ou medalhão, um "bentinho" para o lar... E, então, fiquei feliz demais da conta!

Acordei com a sensação benfazeja daquele sonho bom me inundando o peito. Feito marola branda que vem dar de mansinho na areia da praia, a imagem daquele penduricalho fofo na parede daquela casa, sobejando proteção, me visitou ao longo daquele dia e nos dias seguintes... Desejei ansiosamente reproduzi-lo!

Não posso enganar vocês: o do sonho era infinitamente mais belo! (E creio que impossivelmente reproduzível...). Mas este aqui está "no jeito" e chega radiando sentimento bom, amparo e amor! ♥

Coisicas Artesanais - Simone dos Santos
No meu lar, no meu rincão, sempre Luz e Proteção!

Descrição: pombinho de madeira aplicado sobre coração de madeira, patinados e encerados, com aplicação de cordas, pingentes, perolinhas, rococó e fita.

Atualizado: "tem mas acabô"!

Mas não fica triste, não... Visita a Lojinha e escolhe outra coisica procê! ;)

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